Em todo plano de leitura nós estabelecemos um ritmo de leitura, e para que o ritmo seja saudável, nós estabelecemos um dia de pausa e descanso nas leituras. Então, em todos os nossos planos de leitura diários, os sábados foram escolhidos como esse dia de pausa. Nesse dia esperamos que você revise aquilo que já foi lido e aprendido, que você tenha um tempo de silêncio e oração. Amanhã começa mais uma semana, então, respire fundo e prepare-se para mais uma semana! Que Deus te abençoe.
Mas, por amor de ti, somos entregues à morte continuamente, somos considerados como ovelhas para o matadouro. (Salmos 44:22 NAA)
O amor parece trazer muitas vantagens. Quando se ama, tudo fica mais leve, mais bonito, mais alegre. Mas essa é só uma parte. Todo amor tem um preço, e às vezes é um preço alto.
Amar o cônjuge, por exemplo, exige fidelidade. Não se pode amar mais de uma pessoa como sua própria carne, não é apenas imoral, é algo que ofende a Deus. Logo, o amor conjugal exige exclusividade. Esse é o preço! Nem todo mundo quer isso. Pelo contrário, tem gente que está atrás da permissividade e da libertinagem. Então, não pode casar, já que não quer pagar o preço.
O amor a Deus é ainda mais exigente e tem um preço mais alto. Precisa ser o maior amor em nosso coração. Nem pai, nem mãe, nem filhos podem ocupar um lugar maior que o lugar de Deus em nosso coração. O amor a Deus precisa ser precioso, o mais precioso de todos.
Mas o amor a Deus também traz alguns outros custos a serem pagos por consequência, e o salmista fala sobre isso. Um desses custos é a própria vida e isso pode ser entendido de diversas formas.
No contexto do salmista, ele fala de uma perseguição física. O salmista entende que as guerras que ele tem que enfrentar é por conta do nome de Deus. Um alvo lhe foi colocado nas costas por conta de seu temor a Deus. Em nosso contexto não vivemos isso, graças a Deus, mas talvez algumas amizades sejam perdidas por conta de nossa declaração de fé. Pode ser que um dia tenhamos a mesma experiência do salmista. Quem sabe?
De qualquer forma, isso é só uma demonstração de que o amor a Deus é exigente e tem um preço alto a ser pago. Não entender isso é ingenuidade. Ninguém pode amar a Deus e a outras coisas ao mesmo tempo. O amor a Deus precisa ser superior a tudo.
O meu coração transborda de belas palavras. Ao rei consagro o que compus; a minha língua é como a pena de um hábil escritor. (Salmos 45:1 NAA)
Achei muito interessante a forma como o salmista começou esse salmo. Em suas palavras, seu coração transborda de belas palavras. Colocá-las em um papel será tarefa fácil. E a partir disso me fiz a seguinte pergunta: é sempre assim?
A resposta simples e direta é: Não! Não somos alegres e transbordantes todos os dias. Tem dias que estamos tristes e minguados, parece que nosso vocabulário foi embora. Poderia dizer que é normal, porque essa é uma realidade da vida, mas me preocupa muito essa conformação que temos com algumas coisas.
Percebo que a regularidade e a constância são coisas que faltam em nosso dia a dia. Tendemos a estarmos muito bem em alguns poucos momentos e seguirmos abaixo da média em tantos outros. Isso não é bom, não é prudente, não é sábio.
Manter a constância não significa dizer que eu não terei dias tristes e difíceis, mas que me esforçarei para que todos os dias sejam bons. Minha grande questão é quanto a passividade que assumimos diante de nossos sentimentos. Parece que apenas assumimos não estar transbordando de alegria, não fazendo nada para mudar isso.
Ser constante significa entender que meu dia a dia não precisa ser marcado pelas circunstâncias, mas sim pelas certezas e aqui destaco algumas: Deus é bom, Ele não nos abandona, Seu amor nos guarda, etc.
Que nosso coração seja transbordante todos os dias, e não apenas alguns dias…
Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. (Salmos 46:1 NAA)
Nós costumamos pegar a opinião das pessoas mais próximas quando queremos conhecer melhor alguém ou algum lugar, isso é normal e muito comum.
Sobre os locais, perguntamos sobre dicas de passeio, o que não fazer, por qual caminho chegar lá, entre tantas curiosidades. Já sobre as pessoas, todas as perguntas vão apontar para um caminho: você indica que eu me aproxime dessa pessoa também? Certamente a palavra da pessoa que responde contará muito!
A palavra do salmista é sua opinião direta sobre quem é Deus e como ele o vê. Para o salmista Deus é refúgio, é fortaleza, é socorro. O salmista não está falando para alguém diretamente, seu testemunho é público. Ele fala a partir de sua experiência. Afinal, as palavras socorro e tribulação apontam para períodos de dificuldade que ele viveu.
É interessante que a mesma pessoa pode ser coisas diferentes para pessoas diferentes. Enquanto para o salmista Deus é tudo isso, outra pessoa poderia dizer que Deus não é nada disso. Bem, Deus continuará sendo Deus independente de minha opinião sobre Ele, isso é um fato. A identidade de Deus não muda.
Mas a grande questão aqui não é a identidade de Deus, pois essa não muda, mas o desejo de ter um relacionamento com Ele. Por vezes nos privamos de falar e conhecer novas pessoas por conta da opinião dos outros. Isso é um erro!
Quem Deus é para você aponta a sua história de vida com Ele. Relacione-se com Deus e dê o seu próprio testemunho.
Portanto, não temeremos, ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes estremeçam. (Salmos 46:2-3 NAA)
A experiência não é tudo, mas a experiência é uma parte super importante da vida. A partir da experiência nós conseguimos lidar com diversas situações, por mais difíceis e exigentes que elas sejam ou pareçam ser.
Lembro de uma família que vi no shopping lidando com a necessidade especial de uma criança que estava na cadeira de rodas e me fiz várias perguntas. Aquela menina usava muitos aparelhos e estavam todos conectados ao seu corpo, mas a mãe manuseava tudo com toda tranquilidade. Então me perguntei: como conseguem? Eles não têm medo? Tudo parecia tão natural.
A experiência conta muito. Certamente nos primeiros dias aquela família teve tanto medo quanto eu. Mas o tempo e a prática deixaram a família mais resiliente e atenta, menos preocupada e ansiosa.
O salmista tinha experiência com situações difíceis, mas muito mais do que isso. O salmista tinha experiência em livramentos, e livramentos providenciados pelo Senhor. Em sua experiência, o salmista percebeu que não precisava temer, por mais caótico que o cenário pudesse parecer.
Como já disse, a experiência não é tudo, mas ela é essencial na caminhada da vida. Logo, ter experiências com Deus é uma parte muito importante e significativa.
O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. (Salmos 46:7 NAA)
Já joguei muito futebol na rua e ao ler esse verso lembrei desse alegre momento.
Todo final de dia, na porta de minha casa, ficavam muitos garotos. Como a minha casa ficava no meio da rua, na parte mais plana, era lá que a gente disputava as grandes partidas de futebol de nossa época.
Tudo era uma disputa, a começar do momento em que a gente tirava o time. Tirar o time exigia raciocínio e bastante esperteza. Era preciso escolher os melhores rapidamente e assim a vitória era certa.
Quando um time ficava forte demais todo mundo reclamava, mas ninguém era doido de tirar o time de novo. Isso era impensável. A alegria da criançada era ganhar.
O salmista diz com todas as letras: o Senhor dos Exércitos está no nosso time. Bora ganhar essa partida! Tá bom, eu sei que não foi com essas palavras, mas foi exatamente isso que ele quis dizer.
Se Deus está jogando no nosso time, se Ele é nosso amigo e não nosso adversário, por que tememos tanto? Basta jogar a bola pra Ele e Ele fará um golaço! Não preciso ser fominha tentando resolver tudo sozinho.
Deus está no nosso time. Não esqueça disso!
Venham contemplar as obras do Senhor, que tem feito desolações na terra. (Salmos 46:8 NAA)
Diferente do que faço normalmente, hoje eu li esse verso em várias versões da Bíblia. A palavra desolações me soou mal, como algo ruim, e fui verificar se era isso mesmo em outras traduções. Percebi que as outras versões amenizaram um pouco a tradução, mas o sentido estava na mesma linha.
Inquieto, tive que olhar a palavra no hebraico, que é a língua original, coisa que nunca faço porque estou em uma meditação e não num estudo ou pregação. Foi nesse momento que me assustei. A palavra desolação tem a ver com horror, assombro.
O versículo já tinha significado forte, mas ficou mais pesado ainda. O salmista nos convida a contemplar o horror, não a beleza. Ele quer que nossos olhos percebam a destruição, não a criação.
Minha cabeça limitada liga a contemplação a imagens bonitas e agradáveis, mas não é assim que funciona. As cenas fortes, duras, também revelam o poder e a majestade de Deus. Quem vê Deus apenas na flor ou no passarinho, talvez só queira ver o que quer.
Tem gente que agradece a Deus quando há vida, mas quando se depara com a morte resmunga e blasfema. Mas não é um só Deus que dá a vida e a tira?
Contemplar a majestade e o poder de Deus nos momentos difíceis é tarefa que exige maturidade ímpar. Que Ele mesmo nos ajude nesse processo de crescimento.
Em todo plano de leitura nós estabelecemos um ritmo de leitura, e para que o ritmo seja saudável, nós estabelecemos um dia de pausa e descanso nas leituras. Então, em todos os nossos planos de leitura diários, os sábados foram escolhidos como esse dia de pausa. Nesse dia esperamos que você revise aquilo que já foi lido e aprendido, que você tenha um tempo de silêncio e oração. Amanhã começa mais uma semana, então, respire fundo e prepare-se para mais uma semana! Que Deus te abençoe.
Aquietem-se e saibam que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. (Salmos 46:10 NAA)
Existem movimentos corporais que são quase que involuntários. Fazemos há tanto tempo que nem percebemos. Existem muitas causas para que eles aconteçam e eu nem saberia falar sobre a maioria delas. Mas aqui lembro dos movimentos relacionados à ansiedade.
Eu já vi de tudo: mãos suando, pernas balançando, braços se tremendo. Tenho um amigo que fica coçando o nariz e outro que fica puxando a orelha. Quando isso acontece, sei que eles estão agitados, ansiosos. Eu mesmo passei a ficar mais atento a mim. Quando ansioso começo a balançar minhas pernas quando estou sentado. No passado, me sentia cansado, como se tivesse corrido, de tanto que agitava minhas pernas.
A nossa agitação provém de algum estímulo. Esse estímulo pode ser uma preocupação, pode ser uma pressão do trabalho, pode ser pelas muitas coisas pra fazer. Existem muitas portas que podem nos levar à agitação.
Se queremos ouvir Deus, nossa agitação deve cessar, precisamos nos acalmar. A agitação nos distrai, nos faz agir por impulso, nos dispersa, nos torna surdos e insensíveis ao agir de Deus. Por isso que o salmista diz: “Aquietem-se”. Sim, esse é o primeiro e talvez o mais importante passo se queremos mudar nosso estilo de vida.
Eu não disse que será fácil, mas acalmar-se diante de Deus é o primeiro passo para uma mudança em nosso comportamento. Pare o que está fazendo e desfrute da presença de Deus.
Batam palmas, todos os povos; aclamem a Deus com vozes de júbilo. Pois o Senhor Altíssimo é tremendo, é o grande rei de toda a terra. (Salmos 47:1-2 NAA)
Na nossa cultura bater palmas tem vários sentidos. Usamos nos aniversários como sinal de alegria e felicitação. Usamos também diante da homenagem a alguém como um sinal de reconhecimento pelo feito alcançado. Usamos ainda como uma forma de dar ritmo a uma música e fazer das nossas mãos um instrumento. Usamos também como sinal de alegria. Uma simples notícia pode nos levar ao gesto de bater palmas. Quantos outros usos esse gesto pode ter, não é mesmo?
Não conheço a cultura na qual estava inserido o salmista, mas me parece sensato pensar que em sua cultura o gesto de bater palmas também estava conectado ao conceito de alegria e de reconhecimento. Ele entende que as pessoas deviam bater palmas e gritar aos quatro cantos que Deus é tremendo e poderoso.
Parece algo tão simples de fazer, mas que nem sempre é feito. Não consigo saber porque não é feito. Só sei que não. Mas eu só consigo falar de uma perspectiva pessoal e no meu caso, achei que isso era desnecessário, e que não tinha a ver com uma atitude reverente a Deus. “Bater palmas pra Jesus” como algumas pessoas fazem nunca me soou bem. Mas no fundo, isso não passa de bobagem de minha parte.
Bater palmas para o Senhor é uma honra. Quem sou eu pra dar a Ele a honra que Ele merece? Sou insignificante, mas ainda assim Ele aceita e se agrada de algo que possa fazer a Ele. Ele é tremendo e por que eu não reconheceria isso?
Bata palmas, assobie, grite aos quatro cantos que Deus é tremendo, pois Ele é mesmo. Não tenha vergonha disso!
Alto e belo, alegria de toda a terra, é o monte Sião, para os lados do Norte, a cidade do grande Rei. (Salmos 48:2 NAA)
Alguns lugares ficam marcados em nossa memória, não necessariamente pela beleza natural, mas pelo significado que tomam a partir de momentos marcantes de nossa própria vida.
Imagine uma árvore em que um casal apaixonado gravou suas iniciais. Ou um banco de praça que você gastou com uma pessoa importante em sua vida. Esses lugares se tornaram especiais. Eles são apenas exemplos e certamente você deve lembrar de outros lugares especiais por conta da lembrança de alguém ou de algo significativo que aconteceu.
Olho pro salmo e percebo a admiração que o salmista tinha por Sião. Sião não era o monte mais belo, nem mesmo o mais alto. Ele também não era o mais estratégico. Mas em Sião estava o templo, local de grande expressão para o povo. O templo era o palácio do grande Rei dos Reis, ou seja, o próprio Deus.
Sião se tornou especial para o salmista por conta de seu relacionamento com Deus. E assim também acontece conosco. Uma cadeira ou uma poltrona tornam-se lugares especiais a partir do momento que temos ali nosso tempo com Deus.
Lugares especiais são importantes na construção de memórias e de experiências. Todo mundo precisa de lugares assim. Para o salmista era o monte Sião, mas e pra você, qual é o seu lugar sagrado de relacionamento com Deus?
Andem em volta de Sião, rodeiem-na toda, contem as suas torres; notem bem as suas muralhas, observem os seus palácios, para que possam contar às gerações vindouras que este é Deus, o nosso Deus para todo o sempre; ele será nosso guia até a morte. (Salmos 48:12-14 NAA)
Montar um castelo de areia estava entre as brincadeiras que fazia com meus filhos quando eles eram pequenos. Passávamos um tempão molhando a areia e tentando moldá-la.
O maior desafio que enfrentamos ao construir um castelo de areia é justamente conseguir fazer com que essa estrutura feita apenas de água e areia fique em pé. Tudo fica muito frágil. Era muito comum ter que reconstruir antes mesmo de acabar de construir. Nunca conseguimos fazer algo digno de um castelo. O máximo que conseguimos foi construir os muros do nosso castelo.
Diferente de meus castelos de areia, a cidade de Jerusalém era grande, bela e admirável. O salmista convida o leitor a rodear seus muros e contemplar a beleza da obra. Além de bela, Sião era o símbolo de segurança. Todos que naquela cidade habitavam podiam repousar seguros de que estariam protegidos.
Toda essa confiança não estava baseada na estrutura dos muros ou no exército da cidade. Ela vinha do próprio Deus. O salmista é claro em demonstrar isso.
Fico a pensar que construir castelos de areia é uma especialidade dos seres humanos. Tudo o que é só nosso torna-se facilmente destrutível, mas ainda assim continuamos a construir e a confiar nessas coisas. Falo de nossos bens, de nossas relações, de nossa expectativa com relação ao futuro.
Só Deus pode transformar nossos castelos de areia em verdadeiras fortalezas. É a sua presença que transforma qualquer realidade. Só Ele pode nos fazer sentir seguros. E nesse momento é essa a minha oração: “Pai, eu só sei construir frágeis castelos de areia. A minha vida está cheia deles. Habita neles e tira o medo do meu coração”.
Em seu íntimo pensam que as suas casas serão perpétuas e, as suas moradas, para todas as gerações; chegam a dar o seu próprio nome às suas terras. (Salmos 49:11 NAA)
Todo mundo sabe que a vida é passageira. Mas até que ponto essa informação está diante de nossos olhos todos os dias e como essa informação nos ajuda a viver de forma mais temente a Deus? Essa é a grande questão aqui.
Um dia vamos morrer – Parece que com o passar do tempo nossa mente esquece algo tão óbvio e a nossa perspectiva quanto a vida muda. Ficamos revoltados com a morte precoce de alguém como se isso não fosse possível desde o primeiro segundo de nascimento.
Além disso, tentamos ao máximo prolongar nossa própria vida com tratamentos e processos inovadores. Mas por que? Não deveríamos apenas nos contentar com o fim de nossos dias?
Olho para a vida e vejo gente acabando com a vida, como se a morte não fosse uma possibilidade. Vejo também pessoas acumulando riquezas, como se a vida delas não tivesse fim. Em tudo isso percebo que a morte já não é a pauta do dia a dia.
Parece que as pessoas do nosso tempo não são muito diferentes das que viveram no tempo do salmista. Alguns acham que são eternos, mas não são.
A vida passa e passa rápido. Mas uma hora o fim chega e ele pode chegar a qualquer hora. Contudo, saber que a vida tem um fim não é um problema, mas algo bom. Podemos viver melhor, com mais temor e mais sabedoria. Não esqueça disso!
Ofereça a Deus sacrifício de ações de graças e cumpra os seus votos para com o Altíssimo. (Salmos 50:14 NAA)
No contexto do salmo, Deus lembra seu povo de que tudo o que existe foi criado por Ele. Ele não apenas criou, como sustenta toda a criação. Nenhum sacrifício oferecido a Ele por seu povo é para aplacar a sua fome ou coisa do tipo, afinal, se Ele tivesse fome, poderia eliminá-la com seu próprio poder. No verso acima, Deus então exorta e orienta seu povo dizendo que os sacrifícios devem ter sentimento de gratidão e fidelidade.
O povo fazia sacrifícios regulares a Deus e fico a pensar que tudo o que fazemos com certa regularidade tende a entrar no “modo automático”. Deixamos de observar os detalhes e simplesmente fazemos. Cumprimos um ritual, uma tarefa, mas é como se nosso coração não estivesse naquele lugar.
Como é curioso e ao mesmo tempo tão triste pensar que podemos começar a agir assim: fazermos o que achamos certo, mas não termos mais o nosso coração ali.
Mais do que exortar seu povo a uma prática correta, Deus está nos mostrando que nós somos os mais prejudicados quando ligamos o modo automático. Perdemos a alegria, perdemos o prazer, perdemos o coração. Logo, logo nada mais fará sentido.
Olho pro lado e percebo que muitos já não caminham na fé por esse motivo. Ligaram o modo automático e nunca mais se deram conta disso, até que nada mais fez sentido. Mas meu olhar agora precisa ser pra mim mesmo. Será que eu estou agindo assim? Pai, me ajuda. Meu coração é teu.
Em todo plano de leitura nós estabelecemos um ritmo de leitura, e para que o ritmo seja saudável, nós estabelecemos um dia de pausa e descanso nas leituras. Então, em todos os nossos planos de leitura diários, os sábados foram escolhidos como esse dia de pausa. Nesse dia esperamos que você revise aquilo que já foi lido e aprendido, que você tenha um tempo de silêncio e oração. Amanhã começa mais uma semana, então, respire fundo e prepare-se para mais uma semana! Que Deus te abençoe.
Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. (Salmos 51:1 NAA)
Este salmo está entre os textos que mais marcaram a minha vida. Ele não é apenas poético. Ele é profundo e trata de uma das questões mais profundas de nossa existência: o tratamento de nossos erros.
Em primeiro lugar, Davi não esconde seu erro, não justifica e não usa meias palavras. Ele sabe que errou e seu pedido é por misericórdia. Afinal, ele sabe que o erro cometido é digno de castigo.
Só que Davi não pede misericórdia a partir de seu currículo como servo. Ele sabe que tudo o que fez não merece qualquer recompensa. Ele confia na bondade de Deus. É só essa bondade que vai nos auxiliar.
Por último, Davi pede para que tais erros sejam apagados e eis aqui a grande questão. Apagar os erros não é simplesmente me garantir uma “vaga” no céu, mas me permitir que eu recomece. Só Deus pode fazer isso.
Davi errou e nós também erramos. Contudo, o que fazemos a partir daí pode ser bem diferente. Davi buscou ao Senhor e recomeçou, e você? O que tem feito?
Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. (Salmos 51:2 NAA)
Se tem uma coisa que o pecado faz com propriedade, é nos trazer essa sensação de sujeira. O erro traz uma reação natural de repulsa e dependendo do erro, mais repulsa. Isso não tem nada a ver com moralidade, mas com a nossa reação ao pecado, afinal, o Espírito de Deus está em nós. Só Jesus não agiu assim com as pessoas, independente dos erros que tinham cometido. Seu amor cobriu qualquer pecado.
Quem está sujo precisa ser lavado e foi isso que Jesus fez em João 13. Mas Pedro não entendeu a ação de Jesus e quase o impediu, mas foi advertido de que não deveria fazer isso. Jesus falou sobre a necessidade de ser lavado e de ajudarmos os outros nesse processo.
Jesus lava o nosso coração uma única vez, é suficiente, mas nossos pés precisam ser constantemente lavados. A caminhada não é fácil e erros acontecem, querendo você ou não.
Davi se sentia sujo, não por causa de um erro específico, mas porque é essa sensação que o pecado dá depois de consumado. Na hora, puro prazer, mas depois, amargo na boca e no coração.
Se a gente não se sente sujo é sinal de que as coisas não andam bem. Nosso relacionamento com Deus está quebrado, não ouvimos mais o Senhor e seu Espírito. Portanto, não se acostume com o pecado, não brinque com ele. Ele suja, machuca, afasta e mata.
Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. (Salmos 51:3 NAA)
Ao nos conhecermos enquanto pessoas deveríamos descobrir não apenas as áreas em que somos bons ou produtivos. Deveríamos também conhecer nossas fraquezas, nossos pontos de vulnerabilidade. Saber disso é extremamente útil, pois nos ajuda na prevenção de novos erros.
O salmista fala sobre isso. Ele afirma conhecer seus pecados. Isso é de essencial importância. Mas há um detalhe em suas palavras que não pode ser ignorado. O salmista afirma que seus pecados o perseguem. Mas isso seria só com ele?
Conhecer seus pecados é apenas parte de um processo de maturidade. O outro passo é tentar abandoná-los e quem resolve fazer isso deve saber que a luta será grande.
Nossos pecados, embora sejam erros, nos trazem alegria, prazer, e vários outros sentimentos e sensações. Abandoná-los é atitude de renúncia. Exige disposição, luta, perseverança.
Continuar no pecado é fácil. Difícil e corajoso é voltar-se contra ele. Mas é a decisão mais sábia que alguém pode tomar. Se você decidir isso, saiba que a luta será grande, mas não tema, você não está sozinho nisso. O Senhor é quem nos ajudará a vencer.
Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau aos teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar. (Salmos 51:4 NAA)
Como pastor, já tive que responder por diversas vezes a pergunta: isso é pecado? Algumas vezes percebi certa ingenuidade por parte daqueles que me perguntavam. Por mais óbvio que algo podia parecer, essas pessoas não conseguiam enxergar as possibilidades de pecado existentes naquela situação. Elas tinham dúvida real sobre a existência de algum pecado ali. Por outro lado, também já percebi um certo tom de esperteza nessa pergunta, como se as pessoas apenas quisessem retirar de seus atos qualquer tom pecaminoso, mesmo que eles fossem óbvios.
Esse pequeno exemplo mostra uma visão que construímos sobre o pecado: que ele é alguma coisa que fazemos e que fere uma lei de Deus. Logo, a relação prática x lei precisa existir. Até mesmo em catecismos o ensino aponta para essa relação do pecado com o descumprimento da lei de Deus. Então, na cabeça de muitos, para ser pecado precisa estar na lei.
Mas olho para esse verso e fico impactado por essa afirmação do salmista. Ele não diz: eu transgredi a lei de número “xx” que fala sobre “tal assunto”. Em suas palavras, ele diz que pecou contra Deus e isso é o que devemos perceber.
Ao apresentar o pecado como algo que é feito contra Deus, o que o salmista está dizendo é que todo pecado, mais do que ferir uma lei, ele fere o coração do nosso Pai. Com isso, não é necessariamente de uma lei que preciso para analisar um pecado. Eu preciso mesmo é de um relacionamento sincero com Deus.
A coisa mais importante é a nossa vida com Deus, logo, se eu faço algo que vai ferir esse relacionamento, é com isso que devo me preocupar. Se a minha preocupação é apenas se há uma lei que me proíba de fazer algo, eu não entendi absolutamente nada.
Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu a minha mãe. (Salmos 51:5 NAA)
Esse é um texto que aborda com muita clareza um tema rejeitado e discutido por muitos: a natureza pecaminosa.
Quando tratamos da natureza pecaminosa, estamos falando não apenas de um ato pecaminoso, mas da tendência que há em nós de fazer aquilo que desagrada a Deus.
Diferente do que muitos dizem e falam, não temos livre arbítrio, porque nossa capacidade de julgamento e decisão está influenciada pelo pecado. Se somos diretamente influenciados, por que nos chamaríamos de livres? Isso não significa que não tomamos decisões, mas isso é assunto pra outra hora.
Apenas Adão e Eva tiveram a possibilidade de decidir algo sem essa influência pecaminosa, e ainda assim erraram. Depois deles, todos nós nascemos em pecado. Independente da idade, do gênero, do país, da classe social, o pecado está lá. O Rei Davi sabia disso muito bem.
Mas a natureza pecaminosa não pode virar numa justificativa para aqueles que já conhecem a Cristo. A nova vida nos permite conhecer a natureza redimida da criação.
Lutar contra o pecado deve ser a nossa prática diária. Por isso, não justifique seus erros, não crie laços com seu pecado, não se acostume a errar. Você pode ter nascido pecador, mas depois de Cristo nós ressuscitamos como santos!
Esconde o teu rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades. (Salmos 51:9 NAA)
Vergonha é um sentimento muito comum às pessoas. Sentimos vergonha por diversos motivos: pela timidez, pela declaração de amor feita diante de muitas pessoas, pela preocupação de falar em público, por uma surpresa preparada pra nós. Bem, são muitas as razões que nos fazem ficar corados de vergonha.
Todos os aspectos acima têm um tom mais positivo, nos remetem a situações legais, boas de se viver. Nesse sentido, a vergonha tem tom positivo. Mas há uma situação que nos envergonha e que não tem nada de legal, falo da vergonha de um erro cometido.
Errar nunca é legal. Mas nossos erros ainda tomam proporção pior quando se tornam públicos ou são expostos de qualquer jeito. Não tem como, a vergonha é um reflexo natural. Ela nos entristece, nos abate.
O salmista parece falar sobre isso. Ao pedir que Deus escondesse o rosto de seus pecados, ele tem consciência de que errou e o simples olhar de Deus nessa situação o constrange. Como diria o profeta Daniel, seu sentimento de vergonha o deixou “corado”.
A vergonha é apenas um sentimento, não a causa. Ela pode ser usada como impulso para abandonar o erro cometido. Mas ela também pode virar um hábito e não produzir mudança alguma.
Sentir vergonha diante do erro é algo natural e até bom de se sentir. Afinal, quem já não sente vergonha pelos pecados que cometeu está literalmente perdido. Mais importante do que sentir vergonha é tratar o erro cometido. Pense nisso!
Em todo plano de leitura nós estabelecemos um ritmo de leitura, e para que o ritmo seja saudável, nós estabelecemos um dia de pausa e descanso nas leituras. Então, em todos os nossos planos de leitura diários, os sábados foram escolhidos como esse dia de pausa. Nesse dia esperamos que você revise aquilo que já foi lido e aprendido, que você tenha um tempo de silêncio e oração. Amanhã começa mais uma semana, então, respire fundo e prepare-se para mais uma semana! Que Deus te abençoe.
Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. (Salmos 51:10 NAA)
Somos brasileiros, somos conhecidos como o povo do jeitinho. Naturalmente resolvemos os mistérios do universo com gambiarras super criativas. Por muitas vezes dizemos que a NASA (agência espacial americana) precisa descobrir o que há de especial em nós. Mas embora a ideia do jeitinho brasileiro pareça muito boa, ela tem vários perigos e precisamos estar atentos a eles.
A ideia de dar um jeitinho em tudo é viciante e sem perceber começamos a fazer isso com coisas importantes. Uma coisa é dar um jeitinho na casa, na torneira, no quintal. Outra coisa bem diferente é dar um jeitinho na vida, no casamento, no coração. Existem coisas que não permitem “um jeitinho”.
O salmista tem um coração, mas seu coração não parece bem. Corrompido pelo pecado ele precisa de transformação. Mas o que fazer? Se o salmista fosse brasileiro, talvez ele desse um jeitinho. E como seria esse jeitinho? Como muita gente faz, basta esquecer isso, ou ignorar aquilo, etc. Mas o salmista sabe que não é assim. Ele não precisa de um jeitinho, mas de uma mudança radical.
Seu pedido a Deus é por um coração novo, transformado, regenerado, sem histórico. Isso porque não dá pra tratar o coração com jeitinho.
Vejo muita gente tentando dar um jeitinho na vida. Mas eles não conseguem perceber o óbvio: nada muda! A nossa vida precisa experimentar transformação, renovo, recomeço e isso só Deus pode fazer! Se como o salmista você também entende isso, então peça a Deus.
Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário. (Salmos 51:12 NAA)
Tem dias que as coisas estão mais difíceis. Tem dias que o sorriso não acontece. Tem dias que o choro sai mais fácil. Tem dias que não dá vontade de fazer nada. Tem dias dia que a dúvida fica corroendo o coração.
Dias assim acontecem com todo mundo e eles nos lembram que vivemos numa sociedade caída, afetada pelo pecado, distante de Deus.
A escuridão de tais dias pode ser leve e passageira, mas também pode ser densa e contínua, sem qualquer perspectiva de fim. A dúvida sobre as coisas mais básicas pode chegar ao coração. Até mesmo perguntas como: Deus me ama? Começam a nos perturbar. Nesses dias, nem as coisas mais importantes da vida fazem sentido.
Entendo a frase do salmista. Ele estava passando por dias difíceis e sombrios. Parece que até mesmo a alegria de ser salvo tinha ido embora. Nada estava fazendo sentido e ele percebeu, por isso clamou ao Senhor por ajuda.
Independente da causa, do motivo, é importante observarmos a densidade dos dias tristes e sombrios. Eles podem nos afetar, de verdade. É por isso que precisamos nos manter próximos ao Senhor. Precisamos de seu socorro, principalmente nos dias sombrios.
Pois não te agradas de sacrifícios; do contrário, eu os ofereceria; e não tens prazer em holocaustos. Sacrifício agradável a Deus é o espírito quebrantado; coração quebrantado e contrito, não o desprezarás, ó Deus. (Salmos 51:16-17 NAA)
Existe um livro chamado as 5 linguagens do amor. Acho que todo mundo deveria ler esse livro, pois ajudaria a salvar muitos relacionamentos. Descobrir a linguagem do amor do outro é importantíssimo. Do contrário, de nada adiantará receber presentes, se você precisa mesmo é de tempo de qualidade. Entende?
Lembrei da linguagem do amor ao ler esses versos. Eles falam daquilo que agrada ao Senhor e consequentemente daquilo que não o agrada. Cultuar a Deus não deve ser do meu jeito, mas como Ele quer.
A primeira coisa é registrar que o salmista entende a linguagem do amor de Deus. Ele sabe do que Deus gosta e do que não gosta. Isso aponta para um relacionamento construído por anos.
Nos versos, percebemos que Deus se agrada de um espírito quebrantado, de um coração que não pensa em si mesmo, mas que está disponível diante do Pai. Tal coração está sensível à voz do Senhor.
Significa que Deus não anda atrás de um monte de coisas. Deus não está atrás de um louvor extravagante, nem de uma igreja moderninha, Ele também não procura gente que grita ou fala baixo. Deus olha o nosso coração e se o nosso coração não está sensível a Ele, de nada serve.
A questão é simples de entender: precisamos ter cuidado para não darmos a Deus algo que Ele nunca pediu e nunca esteve interessado.
Por que você se gloria na maldade, ó homem poderoso? Pois a bondade de Deus dura para sempre. (Salmos 52:1 NAA)
Li esse verso e rapidamente pensei: eu não ajo com maldade e nem muito menos me glorio disso. Fui tentado a passar rapidamente pelas verdades apontadas por esse salmo, e acho que normalmente fazemos isso com facilidade. Mas alertado pelo Espírito Santo passei a pensar em maior profundidade nesse verso.
Primeiramente pensei nas coisas nas quais nos alegramos. Nem tudo o que faz a gente sorrir vem de Deus ou o agrada. Piadas, histórias engraçadas, etc deveriam ter um filtro espiritual em nossa mente. Deveríamos achar graça se fosse legal pra Deus e se o glorificasse.
Dentre tantas coisas que vieram à minha mente, uma me capturou em especial. Falo do orgulho que muita gente tem de ter “falado a verdade” na cara do outro. Mesmo que isso tenha ofendido, maltratado, humilhado, etc. Será que achamos que tal ato agrada a Deus?
A grande questão é que nossa definição de maldade é muito particular e interesseira. Definimos como mal aquilo que nos interessa e geralmente o que é feito pelo outro contra nós. Mas e o que fizemos de mal, será que está tão claro aos nossos olhos? Quer ver um exemplo? Defina rapidamente em sua cabeça o que você faz de mal para alguém no último mês. Nada?
Sem dúvidas existe uma maldade descarada, estampada em gestos e palavras. Mas existe também uma maldade velada, que acontece por meio de uma trama de atos e palavras sorrateiras. Velada ou escancarada, maldade é maldade e não pode ser tratada de forma diferente.
Cuide do seu coração e não deixe que a maldade faça parte de sua vida. Esteja atento a isso!
Quanto a mim, porém, sou como a oliveira verde na Casa de Deus; confio na misericórdia de Deus para todo o sempre. (Salmos 52:8 NAA)
O salmista gastou os sete versículos anteriores falando da maldade presente no coração do ser humano. Tal maldade está presente na sua língua, que é chamada de língua devastadora. Também se pode ver essa maldade numa auto confiança completamente destrutiva, que abandona qualquer traço de Deus. E por último, a maldade é vista nas muitas mentiras ditas como se fossem verdade.
A maldade está por aí, em cada canto, e é preciso identificá-la. Isso é tarefa pessoal. Mas é de superior importância a nossa posição quanto a tudo isso. O que fazemos diante de toda maldade? Ou melhor, quem somos nesse mundo mau? Fazemos alguma diferença?
De grande importância é o uso da expressão “quanto a mim”. Pode parecer apenas um conectivo de frases, mas não é. O salmista está se posicionando e assumindo uma postura de contraponto. Se há maldade no mundo, essa maldade não precisa ser vista nele, é o que ele demonstra com essa frase.
Por vezes falamos dos outros, mas não assumimos uma postura de diferença. Somos permissivos, abertos à maldade que se faz por aí no mundo. Chegamos a compartilhar de tais atos de maldade, mas não deveria ser assim.
Ser cristão deveria representar o nome dado a uma pessoa de valores bem descritos e valores que são moldados pela Palavra de Deus. Ser cristão não é algo qualquer, é contraponto com a maldade existente nesse mundo. Afinal, se não faço um contraponto com a ideologia dominante nesse mundo, sou apenas mais um num mundo cheio de maldade.
Sempre te louvarei, porque assim o fizeste; na presença dos teus fiéis, esperarei no teu nome, porque é bom. (Salmos 52:9 NAA)
Existe uma grande distância entre a expectativa e a realidade. Às vezes a expectativa é alta, mas a realidade não chega nem perto. Mas também pode ser que a realidade seja maior do que a expectativa.
Vamos pensar numa criança que quando pequena manifesta o desejo de ser astronauta, médico, bombeiro, professor, e tudo isso de uma vez. A expectativa dela é altíssima, mas a realidade será outra. Dificilmente ela alcançará todas essas profissões, não por incapacidade dela, mas porque só temos 24h num dia. Não dá pra fazer tudo isso. É humanamente impossível.
O texto fala de uma expectativa e uma excelente expectativa, que é louvar o Senhor pra sempre. Mas a realidade é essa? Nem sempre! Então surge a outra questão: deveríamos então ajustar a expectativa para algo mais baixo, mas real? Creio que não!
Eu chamo esse tipo de expectativa, de expectativa ideológica. Ou seja, por mais que seja algo difícil de alcançar, não podemos pensar em algo menor do que isso. Isso precisa ser tratado como um alvo, um ideal.
Nem sempre a gente louva a Deus o tempo todo, mas deveria. Quer na alegria ou na tristeza, nos momentos bons ou na angústia máxima, Deus precisa ser louvado. Este é o alvo. Que mais do que uma expectativa, ele também seja realidade.
Em todo plano de leitura nós estabelecemos um ritmo de leitura, e para que o ritmo seja saudável, nós estabelecemos um dia de pausa e descanso nas leituras. Então, em todos os nossos planos de leitura diários, os sábados foram escolhidos como esse dia de pausa. Nesse dia esperamos que você revise aquilo que já foi lido e aprendido, que você tenha um tempo de silêncio e oração. Amanhã começa mais uma semana, então, respire fundo e prepare-se para mais uma semana! Que Deus te abençoe.
Todos se desviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. (Salmos 53:3 NAA)
O verso é repleto de expressões fortes e que precisam ocupar lugar de reflexão em nosso coração.
A palavra “corromper” me lembra dos políticos brasileiros. Será que exista um que não seja corrompível? Difícil pensar nisso. Mas o verbo não aponta apenas para os políticos, seria injusto ao fazer isso. Ela aponta para todos aqueles que abrem mão de seus valores para praticar algo que esteja em desacordo com a lei.
A palavra “desviar” aponta para um caminho que não é mais seguido. Houve uma mudança de rota, um desvio, uma outra opção apareceu no caminho. Desviar é então o abandono da rota original.
As duas palavras apontam para a desintegração dos valores divinos no coração do homem. Mas o pior é que essas duas palavras tomam força quando unidas pela expressão “TODOS”.
A palavra “todos” não permite que eu me esquive ou escape, nem mesmo que eu aponte o dedo aos outros. Todas as definições que já escrevi sobre “corromper” ou “desviar” apontam também pra mim.
Significa que há uma abertura em meu coração para fazer algo que não agrada a Deus. Assim como também há em meu coração uma disposição natural de me desviar daquilo que Ele aponta como certo.
O texto fala que o pecado corrompeu a minha natureza, e esta se tornou pecaminosa. Logo, não há como manter-me firme sem o Senhor, preciso Dele. Sem o Senhor estamos todos perdidos. Que o Espírito do Senhor abra seus olhos pra isso!